Sopa de Feijão – Chef Taico
Receita: Sopa de Feijão
Tempo de preparo: 02h | Serve 08 pessoas
Ingredientes:
- 02 colheres de banha de porco
- 01 kg de feijão demolhado por 12 horas
- 02 cebolas em cubos
- 01 cenoura em cubos
- 200g de vagem cortada
- 02 folhas de louro
- 04 batatas em cubos
- 04 dentes de alho inteiros
- 200g de bacon picado (reserve o couro do cacon)
- 200g de macarrão cabelo de anjo
- 500g de carne em cubinhos
- Sal e pimenta
Modo de preparo:
- Derreta a banha e refogue o bacon, o couro do bacon, a cebola e o alho até dourar.
- Adicione o feijão e tempere com sal e pimenta, mexa bem. Coloque 4 litros de água, as folhas de louro e cozinhe por 25 minutos na pressão.
- Retire o couro do bacon e as folhas de louro
- Processe até virar um creme. Reserve.
- Em outra panela coloque um pouco de azeite e refogue a carne.
- Adicione os legumes e refogue bem.
- Quebre o macarrão e adicione mexendo bem.
- Coloque água até cobrir, cozinhe até que tudo esteja cozido ao dente.
- Adicione o creme de feijão, acerte o tempero e cozinhe por mais 10 minutos em fogo baixo.
Crônica: Sustância
Nas antigas fazendas o café era plantado em filas. Eram duas mudas por cova a 2 metros de distância umas das outras. O café não era podado, pois a terra forte se encarregava de frutificar até os galhos mais altos, por isto formavam altas e longas paredes separadas por ruas.
Nestas ruas plantava-se muito feijão que aproveitando o vigor do solo vermelho e virgem produzia grandes quantidades de feijão novo e macio.
Em tempos de muita disciplina nas escolas municipais e estaduais, os professores tinham forte influência na nossa educação.
As obrigações deviam ser cumpridas com esmero; horários, uniformes, aparência, hinos, orações, boas maneiras e todas as demais matérias que compunham o currículo, inclusive a Educação Física.
Entre o “Vicentão” e o “Moringão” em construção ficava o enorme terreno desnudo que no calor empoeirava e no frio úmido embarreava.
Rodando freneticamente o cordão do apito pelo dedo indicador o professor aguardava a hora exata e então apitava. Correndo fazíamos o alinhamento.
Hino cantado e corpo gelado começa o “corre corre”.
Dos polichinelos ao fim das partidas de basquete e futebol lá se iam horas. O vento do entardecer mandava todos apressados para casa, cansados e famintos.
O feijão macio tinha cozinhado até quase derreter, só de mexer virava creme.
Na panela a gordura refogava carnes e legumes até dourar, um pouco de macarrão e o creme de feijão e muita paciência pra saborizar.
O fogo brando fazia ferver lentamente tremendo a tampa e escapando baforadas provocantes que penetravam as narinas.
A colher de sopa era grande e funda, a fome era maior que a quentura, a boca queimando sorvia soprando a deliciosa sopa de feijão.
A “sustância” que veio da roça nos saciava na sua enorme simplicidade.
+ Lembranças:
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