Chef Taico
Receita: Cuscuz
Tempo de preparo: 40min | Serve 06 pessoas
Ingredientes:
- 12 sardinhas em lata com o molho
- 01 xícara de palmitos picados
- ½ xícara de milho verde
- ½ xícara de ervilhas
- 01 cebola grande picada
- 02 dentes de alho picados
- 01 pimenta dedo de moça picado
- 10 Azeitonas picadas
- 08 rodelas de tomate maduro
- 02 tomates picados sem sementes
- 06 ovos cozidos
- Ervas
- Sal, pimenta e azeite
Modo de preparo:
- Aqueça o azeite e refogue o alho a pimenta e a cebola até murchar.
- Junte o tomate, a azeitona, o milho, a ervilha, o palmito e as sardinhas com o molho e refogue até começar a ferver.
- Prove, acerte o sal e a pimenta, se estiver muito adocicado coloque um pouco de limão.
- Cubra com água passando 0,5 cm acima dos ingredientes.
- Desligue o fogo e adicione a farinha de milho mexendo e observando o ponto úmido e solto.
- Em uma forma de furo untada com azeite coloque as fatias de tomate e os ovos fatiados no fundo da forma, cubra até a metade com recheio, enfeite as laterais da forma com o tomate, o palmito e a azeitona e complete a forma com a mistura.
- Cubra com uma folha de couve e cozinhe em banho Maria até que a couve esteja levemente cozida.
- Pode ser servido quente ou frio.
Crônica: Paulistas
Meu pai é paulista quatrocentão.
Minha mãe descendente de italianos, mas paulista de nascimento.
Ambos vieram amassar o barro vermelho em tempos em que o calçamento era raro.
Meu pai foi atraído pelo “ouro verde”: trabalhava, cheirava, provava, vivia o café. Minha mãe com seus olhos verdes o encantou.
Formaram família em meio à incrível miscigenação cultural, povos de todas as partes com seus hábitos e costumes transitavam pelas nossas casas e nossas mesas e vice versa.
Mas quando o tempo deixava, a saudade batia…
O Esplanada Regente carregado, bagageiro coberto e bem amarrado, pneus calibrados seguia por terra e asfalto.
Incrivelmente acomodados o casal com os cinco filhos partiam para aventuras paulistanas; este foi um hábito freqüente.
As famílias eram enormes pelos dois ramos. Os parentes se esparramavam e as visitas aconteciam do litoral santista, passavam pelo planalto paulistano e se aprofundavam por diversas cidades no interior do estado.
Éramos sempre bem recebidos por beijos estalados, abraços apertados e muito boa comida.
As mesas eram muito fartas. As novidades industrializadas brilhavam diante dos olhinhos dos pequenos pés vermelhos: novos embutidos, produtos lácteos, biscoitos e bolachas, tudo em embalagens modernas e provocantes. Mas, o que nos encantava era a tradição. A família sempre teve seus pratos antropológicos com o sabor impregnado no cérebro de geração em geração. Nada contra as novidades, porém era aí que eu me fartava.
A forma ficava na mesa sobre um prato de ponta cabeça. Algumas batidinhas com a colher e surgia aquela maravilha colorida e perfumada, fatiada vinha ao prato meio seco meio úmido. Com seu agridoce picante o Cuscuz que eu comia em grandes bocados gravou seu sabor na minha memória junto com as lembranças da família e a palavra “Paulista”.
+ Lembranças:
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