Chef Taico
Receita: Canjiquinha com costelinha defumada – Chef Taico
Tempo de preparo: 02:30h | Serve 08 pessoas
Ingredientes:
- 500g de canjiquinha (quirera) de milho
- 1,5 kg de costelinha defumada em pedaços
- 01 colher de chá de colorau (urucum)
- 01 cebola picada
- 06 dentes de alho inteiros
- 01 colher de sopa de banha de porco
- Folhas de couve rasgadas
- 02 folhas de louro
- Limão rosa
- Sal e pimenta
Modo de preparo:
- Demolhe a canjiquinha por pelo menos 02 horas.
- Em uma panela, derreta a banha, adicione a cebola e o alho e refogue rapidamente.
- Junte a canjiquinha sem escorrer e mexa bem.
- Assim que começar a secar adicione a costelinha e mexa bem.
- Adicione água até cobrir, adicione o colorau, pimenta e as folhas de louro.
- Cozinhe até que tudo esteja macio.
- Adicione as folhas de couve e assim que murcharem sirva.
Crônica: No calor da lenha
Uma mão destramela a porta, na outra mão a luz do lampião adentra a grande cozinha reluzindo no chão de vermelhão muito limpo.
No canto oposto ainda resta uma brasinha muito tímida na fornalha do fogão, lenha seca e boa que por ali queimou lentamente a noite toda e que agora vai renascer com um pouco de palha e varas secas.
A fumaça fica mais intensa e sobe com o calor que faz pingar as linguiças e as costelas de porco levemente salgadas que descansam, maturam e pegam sabor penduradas sobre o fogão.
O galo canta pela primeira vez, é a lua quem domina o céu e ainda falta um bom tempo pro sol aparecer.
O fogo já estrala e chapisca aquecendo a chapa de ferro fundido que rapidamente é limpa e escovada para em seguida serem ajeitadas a panela com água e a panela com banha, e tudo vai aquecendo…
Tum, tum, tum, no pilão o milho é quebrado até virar canjiquinha. Neste tempo a água ferve e a banha aquece no cantinho do fogão.
Temperos na banha, cebola, alho, urucum e em seguida a canjiquinha. Tudo muito bem mexido. A faca escura de uso mas com o fio reluzente passa pelas costelinhas separando alguns pedaços que são colocados com a canjiquinha e muito bem refogados, agora é água para cozinhar e panela que tampada vai mais ao fundo do fogão pra cozinhar sem queimar.
Agora o sol já pinta o horizonte avermelhado.
Enxadas, peneiras, garrafas com café e muita coragem pra muito trabalho.
Lá pelas dez, a fome aperta. Corpo encostado num grande tronco aproveitando a sombra, do embornal sai a marmita, e na marmita o almoço se apresenta; Canjiquinha de milho com costelinha defumada.
Sabor na boca, força nos braços e alegria na alma.